quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O Poder Sobrenatural do Microfone


Observe atentamente na sua igreja e veja se não é assim mesmo!


O PODER SOBRENATURAL DO MICROFONE

Como na piedosa vida cristã tudo está correlacionado com nossa vida diária, me sinto na obrigação de escrever sobre este desagradável assunto.


No Antigo Testamento, a oferta propiciatória era realizada exclusivamente pelo sacerdote ungido, e escolhido para realizar esta obra. 
Com o advento da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, esta obra foi estendida para todas as pessoas que aceitaram a Cristo como seu único e suficiente Salvador, descendo às águas batismais e congregando-se junto com seus demais irmãos em um templo. (Mt 16:19).
Antigamente (no tempo da Lei e dos Profetas, que durou até João Batista), era sacrificado animais para que cujo derramamento de sangue servisse para expiar os pecados de quem o ofertava.
Também era ofertado cereais, azeite e vários outros tipos de alimentos. Porém, tanto os animais quanto os cereais ou outro alimento, deveria ser de primeira qualidade, tudo perfeito, do melhor. Abominação e ofensa gravíssima era ofertar alguma coisa com defeito. (Gn 4:7).
A partir de Jesus Cristo, mudou-se a forma de sacrificar e ofertar à Deus. Quando louvamos, oramos ou ministramos a Palavra de Deus, estamos sacrificando ao Senhor.
Como antigamente, hoje devemos fazer tudo com o que melhor tivermos. O principal nestes novos tempos é a pureza de coração, sinceridade, honestidade, simplicidade e ofertar com um espírito de real adoração e devoção a Deus.
Depois destes esclarecimentos sobre o sacrificar a Deus, entremos no ponto principal do artigo: os hipócritas dos púlpitos.
Se você prestar bem atenção, verás que em todas as denominações existem estas espécies em abundância.
Os hipócritas (pessoas que fingem- Atores) dos púlpitos são aquelas pessoas que enquanto não estão sacrificando publicamente ao Senhor, (independente se estão na nave do templo ou no púlpito) não abrem a boca nem para respirar. De preferência, respiram com a boca fechada. Aí em certo momento do culto, o dirigente o chama-lhe para cantar ou pregar, e para surpresa geral, vira imediatamente num fervoroso servo(a) de Deus, e começa aos brados exigir que os demais irmãos glorifiquem à Deus.
Então começa a dizer: "Glorifiquem a Deus.  Você não está sentindo a presença do Senhor? Glorifiquem Ele está aqui, eu estou sentindo". Para esses, já está estabelecido o juízo (Mc 12:38 ao 40).
O que aparentemente se nota, é que existe um "poder sobrenatural no microfone" que desperta nos  mais sonolentos uma capacidade até então não definida de adoração exacerbada, revelando para todos um grande ator evangélico. 
Isto ao meu ver, tem relação com duas coisas: ou não tem nenhum temor de Deus, ou tenta encobrir suas deficiências com estes atos. Por exemplo: "Eu vou louvar ao Senhor, mas os irmãos não reparem em minha voz porque não sou cantor", ou "Direi algumas palavras no meu testemunho, não lerei a Bíblia porque sou analfabeto". Ora meus irmãos, sacrifiquemos com o que temos de melhor. Você já pensou se na antiguidade o sacerdote ofertasse um animal defeituoso, o que aconteceria com ele? Hoje, pela graça de Deus está tudo mais flexível, mas não é por isso que vamos ser negligentes com o Senhor.
Cada um deve ofertar conforme Deus o capacitou.
Qual a relação que tem isto com missões ou evangelismo? Muito! Para uma igreja ser missionária ou se dedicar fervorosamente ao evangelismo doméstico, é necessário que ela esteja no ápice da bênção de Deus. Na comunhão entre os irmãos e no partir do pão, nadando nas ondas do Espírito de Deus, sentindo o retorno dos louvores e sacrifícios em forma de sabedoria, amor por nós mesmos e pelas almas, responsabilidade como embaixadores do reino de Deus, vontade em ser útil ao Senhor, abnegação.
Entretanto, enquanto formos coniventes com esta classe de atores, estaremos conscientes ou inconscientemente armando guarda chuvas sobre nós e a igreja, impedindo de Deus nos abençoar.
Deus é sacro-santo, Senhor de todo o universo, Soberano dos vivos e dos mortos, e não aceita que sua infinita sabedoria seja aviltada por estas pessoas.
Se nós, que somos pó e cinza, nos escandalizamos com estas atitudes, imaginem a Deus?
Qual é a colheita dessa hipocresia? Igrejas mornas, membros fracos, ênfase maior ao materialismo, ao culto de si próprio, as vaidades, dissenções, descaso com as almas perdidas, e pouco ou nenhum interesse com a obra de Deus.
A causa principal sobre o mau ofertar, Caim deu-nos um grande exemplo, (Gn 4:7) e seu fruto foi amargo. Se ofertarmos falsamente, Deus não irá aceitar nosso sacrifício. Mas se agirmos corretamente, não só quem oferta é abençoado, mas todos os que estiverem presentes.
Davi nos fala através do Salmo 139:4 - "Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces". 
Não podemos fingir e nem tentar enganar a Deus. Ele sabe tudo, vê tudo e com Ele, nada acontece por acaso. Sejamos sóbrios, inteligentes. Tem coisas que fizemos, que além de não trazer bênção para nós, traz mal para os outros e a Igreja em nada aproveita.

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